Tecnologia Social da Produtoras Culturais Colaborativas incentiva a criação de trabalho e renda com impacto cultural, social e ambiental
Esse modelo de organização de espaços coletivos foi implementado pela primeira vez em 2009 e, no ano de 2015, certificado pela Fundação Banco do Brasil. Atualmente os coletivos que compartilham essa tecnologia social se organizam em rede com participantes presentes em todas as regiões do país.
A Tecnologia Social (TS) da Produtora Cultural Colaborativa reúne boas práticas para organização e gestão de um espaço de inclusão social, transformando esses locais em empreendimentos solidários de Produção Cultural de forma legalizada. Em 2015, a TS foi certificada pela Fundação Banco do Brasil e atualmente integra o respeitado Banco de Tecnologias Sociais da Instituição.
É preciso entender um espaço de inclusão social como uma associação de moradores, um telecentro comunitário, ponto de cultura, uma lan house, um espaço público subutilizado, ou qualquer espaço físico que possua energia elétrica, acesso a internet (desejável) e um ou mais tecnologias da informação (computadores, tablets, smartphones) a disposição dos envolvidos.
A primeira experiência de Produtora Cultural Colaborativa aconteceu em 2009, no Fórum Social Mundial de Belém na Aldeia da Paz (http://www.overmundo.com.br/overblog/de-volta-ao-bom-e-velho-escambo) dentro do Acampamento Intercontinental da Juventude, na Universidade Federal Rural da Amazônia.
Como se organizar?
Para aplicação prática da tecnologia social é preciso reunir pessoas neste espaço de inclusão com o interesse de empreender, levando em consideração o potencial e as habilidades de cada integrante, também é preciso mapear os equipamentos acessíveis ao coletivo (ou que podem ser alugados) para desempenhar tarefas e responsabilidades assumidas perante o coletivo.
Após a pactuação, cada integrante responde seus contatos e disponibilidade de tempo (turnos e dias da semana) para estar online e/ou presente no espaço físico da produtora. Com essas informações se monta um mapa de saberes e a disponibilidade de tempo para reuniões e planejar atividades coletivas.
Atualmente existem diversas produtoras culturais colaborativas em todo Brasil. Conheça aqui a Rede e o Mapeamento dessas produtoras.
Chefe? Empregado? Não! Aqui é Colabor.AÇÃO
Todo processo de gestão do empreendimento é realizado de forma autogestionária. Na prática, o sistema de trabalho é guiado por uma visão horizontal, onde cada colaborador assume compromissos e tarefas perante o coletivo e colabora de acordo com seus conhecimentos e habilidades.
Essa relação de trabalho praticada no mercado tradicional, que estabelece relações de trabalhos hierárquicos, tipo chefe, patrão e empregado, representados por organogramas verticais.
A TS das Produtoras Culturais Colaborativas inova ao propor relações de trabalho guiadas pela ótica da Colabor.Ação. O método de trabalho incentiva a autonomia de cada participante. Isso não significa que não existam pessoas liderando processos mas que os demais envolvidos podem participar dos processos de tomada de decisão e não apenas são meros executores de tarefas.
Atuando no modelo de Escambo e a Economia Solidária, dessa forma, conseguimos garantir o acesso livre de pessoas que não podem pagar para participar das suas atividades e formações.
O trabalho de uma produtora cultural colaborativa conectada à cultura tradicional do território, garante a valorização da identidade e abundância local ao mesmo tempo que cria um portfólio de produtos e serviços que podem ser oferecidos a outros territórios.
Assim, as Produtoras Colaborativas incentivam o empreendedorismo e a economia local, incentivando a geração de renda para Mestras, Mestras, artistas e comerciantes locais e também aos integrantes, com a oferta de serviços de produção cultural, comunicação, somados à venda de produtos relacionados à produção do território de atuação.
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Tecnologia e Ferramentas Livres – Premissa Fundamental
É premissa da TS Produtora Cultural Colaborativa a utilização de tecnologias, softwares e ferramentas livres no planejamento e na realização de tarefas, serviços e projetos pelos participantes.
Qualquer solução livre de patentes que esteja disponível na internet em forma de conhecimento disponível sobre domínio público ou através das diferentes licenças Copyleft (livres de cobrança do direito autoral) pode integrar um processo ou atividade de uma produtora cultural colaborativa.
Estas ferramentas podem ser tecnologias físicas, aplicativos digitais, ideias, teorias, modelos acadêmicos e da sabedoria popular que oferecem insumos para atender demandas em diferentes áreas do conhecimento e viabilizam um uso social e legalizado (sem pirataria) destas alternativas.
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Metodologia
Cada atividade realizada a tecnologia social oferece um conjunto de boas práticas e ferramentas livres indicadas para desempenhar determinada atividade. Essas metodologias podem variar entre as organizações que implementam a tecnologia social, cada uma adaptando a sua realidade local, conhecimentos e tecnologias disponíveis.
O diálogo entre produtoras culturais colaborativas e o intercâmbio de soluções criativas e boas práticas possibilita o aprimoramento, documentação e atualização destes métodos entre territórios. Atualmente existem metodologias relacionadas à Educação, Produção cultural e Audiovisual, Comunicação comunitária e Digital, Gestão Social e em Rede, Economia Solidária e Geração de Renda.
Destes intercâmbios fez brotar uma a Rede Nacional das Produtoras Culturais Colaborativas, que segue rumo ao terceiro encontro nacional. Porque #EmRedeBoaTodoMundoSeBalança.
Processo de Formação das Produtoras
O processo de formação na Rede de Produtoras Culturais Colaborativas acontece prioritariamente em Pontos de Cultura de todo Brasil e atua na oferta de formações, na área de Comunicação Digital e Mídia Livre, que incluem os módulos de Vídeo, Fotografia, Design, Jornalismo, Rádio Web, Streaming, Produção Cultural e Gestão Colaborativa.
Outra linha de formação acontece de forma contínua em rodas de conversa e oficinas nos encontros regionais e nacionais, além da realização de ações formativas como o Abrindo o Código, FliSol, Software Freedom Day e Semana do Software Livre no Brasil, potencializando em ações da comunidade de software livre no país.
Rede Nacional das Produtoras Culturais Colaborativas
Hoje, com a característica replicável e adaptável da tecnologia social, se consolida e se fortalece em uma Rede Nacional de Produtoras Culturais Colaborativas, composta por Pontos de Culturas, Cooperativas, Organizações da Sociedade Civil, Artistas, Mestras, Brincantes, Produtores, Comunicadores, Agentes Culturais e entre outros.
Atualmente a Rede está presente nas cinco regiões do Brasil, que adaptam estas ideias e implementam parcialmente ou totalmente esta tecnologia social, através da oferta de produtos e serviços, traduzidos em arranjos produtivos locais.
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Encontros Nacionais das Produtoras Colaborativas
Esta rede já organizou dois Encontros Nacionais (Chapada Diamantina – BA e Belém – PA) e Encontros Regionais no norte, sul e nordeste. O 3º Encontro Nacional da Rede das Produtoras Culturais Colaborativas está sendo articulado e tem previsão de realização em fevereiro de 2025, novamente na Chapada Diamantina – BA.
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#VemBalançarComAGente!
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