NotíciasTransversais

Feirinha Astralize: Uma Jornada de salvaguarda pelo Artesanato Pernambucano

O projeto incentivado pelo Funcultura aportou no Quilombo Sambaquim, na cidade de Cupira – Pernambuco e nasceu para conectar Mestras artesãs do Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife em salvaguarda ao artesanato produzido no estado

O projeto Feirinha Astralize realiza intercâmbios com artesães dos municípios de Cupira, Glória de Goitá e Recife. A iniciativa irá conectar artesãs da Região Metropolitana do Recife com mestras da Zona da Mata e Agreste, promovendo trocas culturais e fortalecendo a identidade local. A realização é do Instituto Casa Astral, com produção de Marília Vilas Boas e incentivo da Secretaria de Cultura do Estado através do Funcultura.

A primeira etapa aconteceu neste domingo (3), no Quilombo Sambaquim em Cupira – no Agreste pernambucano. Na ocasião contou a vivência da artesã quilombola, Joseilda Maria, que ensinou técnicas de costura de Bonecas de Pano, feito a mão. Esse modo manual é característico do nosso estado e a cada dia perde espaço para a indústria de brinquedos produzidos em série. 

2.Feirinha Astralize_Artesã Josenilda Maria_foto Giovanna Gomes
Projeto Feirinha Astralize. Em destaque a Artesã quilombola de Cupira, Josenilda Maria. Foto: Giovanna Gomes

Na parte da tarde, a artesã de Recife Josineide Oliveira ensinou ao público presente a técnica do Macramê, amplamente utilizada no estado. Essa técnica de tecelagem manual, originada do arábe, chegou a Pernambuco através dos portugueses e consiste em utilizar nós, originalmente usada para criar franjas e barrados em lençois, cortinas e toalhas. Hoje suas aplicações extrapolam a criatividade de quem domina essa técnica.

Projeto Feirinha Astralize, em destaque artesã Josineide Oliveira. Foto: Giovanna Gomes
Projeto Feirinha Astralize, em destaque oficina da artesã Josineide Oliveira. Foto: Giovanna Gomes

A ocasião também contou com apresentações culturais da Mazurca do Quilombo Sambaquim e da Palhaça Keke Kerubina, de Olinda, com o espetáculo Circuluz Brincante. 

Vivências de Salvaguarda 

Essas vivências são importantes porque salvaguarda modos de produção artesanais feitos pelo conhecimento tradicional e popular, garantindo a perpetuação dessa cultura e possibilita a geração de renda dos artesãos e artesãs que atuam com este segmento. O público terá a oportunidade de participar de rodas de conversa, oficinas e apresentações artísticas, vivenciando de forma imersiva a rica diversidade cultural de Pernambuco.

Próximas Atividades 

As próximas etapas do projeto acontecem no dia 9 de novembro no Museu do Mamulengo, em Glória de Goitá, com vivências com a Mestra Titinha (Edjane Lima), que ensinará sobre o processo de construção de bonecos de mamulengo. Também haverá contação de história com Roma Júlia e apresentação do Grupo de Mamulengo Flor do Mulungu. 

Grupo de Mamulengo Flor do Mulungu
Grupo de Mamulengo Flor do Mulungu

Sobre a Feira Astralize

A Feira Astralize vai além de uma simples exposição de artesanato. O evento tem como objetivo conectar pessoas, valorizar a cultura popular e promover a transformação social. Ao proporcionar espaços de diálogo e troca, a feira busca fortalecer a identidade das comunidades envolvidas e fomentar o desenvolvimento local.

A Feira Astralize é um convite para que todos nós possamos celebrar a arte em suas diversas manifestações. Acreditamos que o artesanato tem o poder de transformar vidas, salvaguardar saberes tradicionais e populares e construir um futuro mais justo e igualitário”, afirma a produtora Marília Vilas Boas.

Equipe do Projeto 

Realização: Instituto Casa Astral

Coordenação de Produção: Marília Vilas Boas

Produção Executiva: Déborah Assunção e Curadoria 

Produção Local Cupira: Solônia Josefa

Produção Local Glória de Goitá: Pablo Dantas

Auxiliares de Produção: Duda Paz e Júlia Martins 

Fotógrafa: Giovanna Gomes

Coordenador de Comunicação: Sandro Barros

Design: Bella Labanca

Sandro Barros

Jornalista, Fotógrafo, Produtor Cultural, amante da Cultura Tradicional e Ancestral do Brasil. Integrante do Pontão de Cultura Digital iTeia. Ọmọ Òrìṣà ti Ayrá e Juremeiro da Ilê Axé Oxalá Talabí

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *